DUAS ALMAS
Quando a alma carente e entristecida
Temendo nova dor - Do mundo some...
Eis que surge outra alma mais sofrida
Buscando saciar à mesma fome...
E deglutindo o choro, outrora pênsil,
Os lábios com a leveza de um veludo
Se tocam, possuindo-se em silêncio
E os olhos dessas almas dizem tudo...
Serenas, sorridentes e encantadas,
As duas hoje estão enamoradas
E seguem radiantes e felizes...
- Redescobrindo o amor que lhes faltava,
- Ceifando à solidão que as assolava,
- Fazendo das feridas cicatrizes...