SEDUTORA
O plasma seminal insípido e incessante Que mina por detrás de tão lindos tecidos Extrai sonhos, delírios, gritos e gemidos Irradiando o odor da fêmea dominante. Os seus lábios carnudos dão guarida à língua Voraz, lasciva, insana, ardente e suculenta Que nutre mil fetiches mas não alimenta Leões esfomeados que morrem à míngua. Ah! se eu pudesse ser numa última cobiça Ao menos os chinelos dessa que me atiça E faz com que eu me atire, às cegas, nesse abismo... Sentindo o cavalgar num frenesi sem fim do corpo preso aos pés pisando sobre mim No acme devasso do ilusionismo. Nizardo Wanderley
Enviado por Nizardo Wanderley em 03/04/2007
Alterado em 17/07/2015 |