MÁCULA
Vagueio nesse vácuo que me centrifuga, Tolhendo-me à razão, com poção coerciva, E sinto em teu espectro a pala destrutiva, Do mel desse teu céu que a minha alma suga... E o lábio suculento e lactodensímetro, Deslisa impaciente percorrendo a esfera, E mapeando o corpo escultural da fera, Fomenta...E se alimenta em cada vil centímetro... E o laço do cansaço envolve esses dois seres, Exaustos de paixão e incautos de prazeres, Arfantes, radiantes, tênues, fadigados... Denunciando a cena amena dos desejos, Amarrotada, enfim, pelo tesão dos beijos, E maculada, sim, por dois apaixonados... (Nizardo) Direitos Autorais. Xerinho.
Nizardo Wanderley
Enviado por Nizardo Wanderley em 09/03/2007
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