NOSTALGIA
Há meses que eu não sinto a paz tão esperada Roçando o punho inerte dessa horrenda rede, Restando-me o balanço do pé na parede Enquanto o dia desvirgina à madrugada... Entre um cigarro e outro que me mata aos poucos Entrego-me às lembranças e às s melancolias Perdido entre bilhetes e fotografias Que me mantém seguro no mundo dos loucos... E muitas vezes, nesse cadafalso exótico Escuto a tua voz, num surto psicótico Rasgando esse silêncio que baixinho chora... E chego a ver teu vulto que o meu peito arrasa, Trazendo vida nova à nossa triste casa Que virou manicômio quando foste embora... (Nizardo) Poesia registrada. Xerinho.
Nizardo Wanderley
Enviado por Nizardo Wanderley em 03/03/2007
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