DOAÇÃO...
É nesse humor aquoso e incolor, que o fio Do instinto primitivo inerte e reprimido Rompe-se, e o estro em riste e ensandecido É tolerado e amado em formidável cio... Chamo-te com o olhar, com um riso tu me atendes! E eu bebo a tua alma e o teu corpo eu fumo, Ao adentrar à tua entranha eu me consumo Tremendo em tuas coxas, quando tu me prendes... E és tu, mulher, meu céu, meu mar, meu precipício... Meu sonho de consumo, meu sagrado vício, O céu do meu inferno e o inferno do meu céu... E hei de viver pra sempre em prol do que tu és... Com a boca de plantão, na sola dos teus pés Sorvendo até a última gota de mel! Nizardo Wanderley
Enviado por Nizardo Wanderley em 24/01/2007
Alterado em 28/12/2010 |