TELA FRIA...
Devoro teu sorriso e assim me lanço ao céu Por entre os labirintos desse monitor... E movo este dançante e gélido cursor Circunferenciando teus lábios de mel... Porém a insanidade muitas vezes chega A admoestar à alma aberta em chagas Cortada pelas lâminas de mil adagas, No açougue virtual dessa tragédia grega... E a boca salivante rege o olhar estático Que adentra e violenta o invólucro fantástico, Sulcando o coração em cada vã planície... Rompendo e corrompendo paralelamente O odor do amor que morre gradativamente No leito crucial da letal superfície... (Nizardo) Poesia registrada. Xerinho.
Nizardo Wanderley
Enviado por Nizardo Wanderley em 08/01/2007
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