O VALOR QUE UMA MÃE TEM...
Não existe nesse mundo Um carinho tão fraterno Que cresce a cada segundo Num sentimento tão terno Quanto ao que uma mãe sente Por sua prole imponente Em seu doce céu materno.
O pai é coadjuvante Dessa deusa combatente Já que a mãe a todo instante Mostra-se sempre valente Em prol dos amados filhos Retirando os empecilhos E os guiando firmemente.
Não é à-toa que o homem Logo cedo (na banheira) Aflora em seu abdômen A sua paixão primeira Pela musa mais sagrada E a jóia mais valorada Pela nossa vida inteira.
Se o filho sofre ela chora Ao vê-lo triste ela o embala Quando a filha vai embora Sua alma perde a fala Pois pra defender os seus Ela briga até com Deus E arrisca o peito à bala.
Até na religião Pouco se fala em "José" Mas "Maria" é emoção Caridade, afeto e fé Carinho, afetividade, Amor e felicidade, Aconchego e cafuné.
Ao voltarmos à infância Lembramos com exatidão Do calor da discrepância Que nos tirava a razão Ao recebermos com ardor; - Da nossa mãe o amor E do pai o cinturão...
Essa grande alcoviteira Faz tudo pra proteger Sua ninhada fagueira E não quer lhes ver sofrer Ao ver o filho encolhido Ela fala pro marido: - Bata nele pra tu ver!
E "ai" dele se o fizer Já que a greve é iminente, Perde a esposa, a mulher, Fica tudo diferente Fazer sexo nem pensar E vai calado chorar Na cama que é lugar quente.
Mesmo idosa ainda brilha Nunca perde o seu valor Aconselha o filho, a filha, Trata os netos com amor Pouco importa genro ou nora Ela está a qualquer hora Da alegria ou da dor.
A idade vai chegando E o seu coração sofrido Aos poucos vai se cansando Ficando mais dolorido Até que um dia se vai E a nossa alma se esvai Junto ao corpo enrijecido.
É só aí que paramos Pra relembrar com carinho Daquela que tanto amamos Em nosso sagrado ninho E nosso peito dói tanto Que parece vir no pranto Pimenta, fel e espinho.
Vem a dor da consciência; - Quem não nasceu pra errar? Nós, filhos da indulgência Nascemos pra aperrear E vamos levar pra morte A tristeza e a má sorte De ter feito a mãe chorar.
O pai morre e a dor passa Mas com a mãe é diferente... Não há nada que desfaça A pobreza que se sente Ao ver seu maior tesouro Deixado num morredouro E sumindo eternamente.
Todas as mães partirão Algum dia pro além Levando em seu coração A recordação de quem Ficou na terra chorando E só agora enxergando O VALOR QUE UMA MÃE TEM... Nizardo Wanderley
Enviado por Nizardo Wanderley em 09/05/2008
Alterado em 09/05/2008 |