COLHEITA MALDITA
Vivendo na penumbra e à beira da demência Que me esfacela a alma e a torna silenciosa Morrerei de uma forma lenta e dolorosa E serei sepultado em minha consciência. Cambaleante eu sigo – Féretro insepulto! Sem forças pra lutar contra o que me derrota E sigo o mapa errôneo que me mostra a rota Dos vales demoníacos, e aos céus insulto. Não vejo nada além de um tenebroso prado Onde o meu coração plantara no passado As mudas soberanas da felicidade Porém fora tragado pela insegurança E ao regar a tal horta com desconfiança Têm hoje em suas mãos os frutos da saudade. Nizardo Wanderley
Enviado por Nizardo Wanderley em 27/04/2008
Alterado em 07/05/2017 |