O RUIM É FICAR CASADO...
Instituição falida Que adoça ou amargura a vida Dependendo do casal Causando grande alegria Tristeza ou desarmonia Fazendo-nos bem e mal... Na época do namoro Não há briga, birra ou choro Que lambuze os dois em fel E os pombos vivem se amando Sorridentes frequentando Pizzaria e motel. Ela vive depilada, Linda, magra e escovada Seduzindo o macho louco E esse por sua vez É cheio de timidez; - Fala manso e bebe pouco. Ele vive barbeado, Passadinho e perfumado Agradando à namorada E ela super feliz Vira-se pra ele e diz; - Sou feliz e apaixonada. Até que num belo dia O amor vira agonia E se acaba em um momento Quando esses filhos da puta Vão morar em uma "gruta" Celebrando o casamento. O primeiro ano é bom E o segundo segue o tom Do primeiro grande encontro Depois do oitavo e nono A impaciência e o abandono Emolduram o desencontro. Ele já tem uma amante E reclama a todo instante Por ela não ser tão bela, Chega em casa embriagado É grosso, mal educado E peida na frente dela. Ela vive no fogão Sem lazer ou diversão E em seu peito arde uma brasa Perdida em seus desatinos Vive em casa com os meninos Fazendo o dever de casa. Para somar na tragédia Que parece ser comédia Enaltecendo a malogra Tirando o resto da paz Aparece um satanás Com o apelido de sogra. Essa fera milenar Acaba com qualquer lar E destrói até quem ama... É um calo na virilha Pois quer ensinar a filha Até como ser na cama. Tem o aspecto tenro Mas faz inferno do genro E quer educar os netos... Se essa triste for pro céu Transforma Jesus em fel E faz vários desafetos. No inferno ela não entra E se por acaso adentra Disfarçada de mulher Vai deixar cão indeciso E acabar com o juízo Do grão duque lúcifer. Mas voltando ao casamento Pense num grande tormento Que vão viver amanhã... E aos dez anos de casado O homem é amaldiçoado; - Pois ta comendo a irmã. Aí entra a "peniqueira", Menina nova, faceira Cheia de mimo e carinhos Com a carne bem novinha, A bunda arrebitadinha E os peitos bem durinhos. A famosa secretária É uma figura hilária Honesta, sincera e boa E eu digo com exatidão: - Todas comem o patrão Pra se vingar da patroa. A velha esposa acabou-se... O velho amor transformou-se Numa eterna amizade Levando junto o tesão E deixando a obrigação Pra fingir felicidade. Surge então pra "amenizar" A insolvência no lar Que na vida se reflete E já que ninguém mais fode Vão buscar "toca de bode" Nas páginas da internet. Chifre hoje está na moda E o cara nem se incomoda Se está levando algum É como bujão de gás Se duvidar vá atrás; - Em toda casa tem um. Vejo em redes sociais Apaixonados casais Sem que nada os esfarrape Mas a cadela vadia Bota chifre todo dia Através do WhatsApp. Quando o cara está metendo A fêmea se contorcendo Diz: "Vai, painho, me come!" Mas a infeliz diz isso Com medo do reboliço Se acaso trocar o nome Ela o chama de paizão, Touro brabo, garanhão, Meu amado, meu galã... Pra na hora de gozar Não ter perigo de usar O nome do "Pé-de-lã". Quando os jovens se namoram Em casas distantes moram E cada um tem seu jeito... O inferno vem depois Com o pensamento dos dois: "Vixe, como tem defeito..." O homem também se acaba E aqui acolá se caga Fazendo do lar desgraça... Flatulante feito um “fole” E o cacete mole, mole, Sob o efeito da cachaça. Às vezes ela procura Àquela “madeira dura” Que lhe dá ânimos novos Mas o “troço” embriagado Com o “pau velho” cansado Dormindo em cima dos ovos. Aí entra o “Ricardão” Boy novo, cheio de tesão Com a barriga de tanquinho Pra ser o coadjuvante Do filme onde o amante Faz o papel de mocinho. O homem só pensa em jogo, Vasco, inter, botafogo, E competições internas... Mas leva de goleada Da mulher que vive “inchada” Dos golaços entre as pernas. A barriga dele cresce O pênis desaparece E só sobe de revés Levanta e vai ao banheiro E se não correr ligeiro O mijo escorre nos pés. E antes que eu me esqueça, Cansaço, dor de cabeça, Menstruação e queixumes. Sepultam beijos, carinhos, Rapidinhas e cheirinhos, Matando até os ciúmes... O cara quando é solteiro Aparenta ter dinheiro E diz ter nojo de puta... Na casa da namorada Nunca reclama de nada E pra cagar é uma luta. Chama a mulher de bichinho, Burreguinha, coelhinho Fora os nomes que ele inventa... Quando casa os bichos crescem E logo, logo aparecem Vaca, cachorra e jumenta. A mulher é vingativa Esperta, amiga e ativa Sempre estende sua mão Porém quando está zangada Vinga-se dando “chifrada” E estourando o cartão. No namoro, todo dia Tem festa, tem alegria, E o afago corriqueiro Quando casa é diferente E ouve diariamente: - Pra quê tu queres dinheiro? - Faço feira e estou em dia Com água, luz e vigia, Pois sou homem de atitude... Zelo pelo meu domínio Pago também condomínio E o teu plano de saúde. Ela com a mão na cintura Diz: - Grande merda, quem atura Tua nojenta família Sou eu e tenho que rir Pra tua mãe e fingir Que a acho uma maravilha. Sou eu quem faz a comida, Organiza a tua vida E teus repentes de louco Pois seu eu fosse gente ruim Tu não se trepava em mim E andava feito um porco. Bem, são essas discussões Que geram mil confusões Tornando um clima nojento Transformando o louco amor Em partículas de dor E fodendo o casamento. Logo nos primeiros dias Com taras e fantasias Transam com insensatez Com o tempo perdem o nexo E nem falam mais em sexo - Dão “uma” de mês em mês... Resumindo meu artigo Preste atenção no que eu digo Sem medo de estar errado E veja bem que é assim; - Casar-se não é ruim O ruim é ficar casado... Nizardo Wanderley
Enviado por Nizardo Wanderley em 24/04/2008
Alterado em 29/06/2014 |