REFÉM...
Deixei-me ser tragado pelo medo oculto Que há tempos me sondava e nem sequer eu via Permitindo que o tédio e a monotonia Fizessem moradia em meu tristonho vulto.
Distante dos teus beijos só há soledade E eu vivo por viver morrendo todo dia No leito crucial da minha cama fria Coberto com os lençóis ferinos da saudade...
Fui vítima da minha própria covardia Que me impediu de te dizer o que eu sentia Nas gélidas bancadas do meu coração...
E hoje eu sou refém do crucial revés; - Seguindo pela vida andando com os teus pés E blefando no amor indo de mão em mão...
Nizardo Wanderley
Enviado por Nizardo Wanderley em 06/04/2008
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