LEVIANA
És tu a maior cruz que trago em meus suplícios
E o fardo mais pesado que eu levo nos ombros,
Pois um me abre enormes feridas nos ombros
E o outro é o banquete dos meus malefícios.
Nem dizes que me queres e nem me dispensas,
Não beijas minha boca e nem dela te afastas
E assim eu fico à sombra das paixões nefastas
Sem saber se ao menos em meu ser tu pensas...
Mas tudo bem! Aguardes, o mundo é um moinho,
E um dia colherás, como eu, também o espinho
De um jardim venenoso que copie o teu...
E sentirás na pele como é bom amar
Alguém que não tem alma e só queira brincar
Com o teu coração – Como brincaste com o meu...
Nizardo Wanderley
Enviado por Nizardo Wanderley em 28/12/2007
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