C'est Fini...O odor da flor em dor que em meu jardim sinistro Desabrochou e permitiu que os beija-flores Partissem sem deixar vestígios nos sensores De presença, no vão sombrio que administro.
Recolho-me à minha insignificância E inundo com meu pranto o páramo sidéreo Que me devolve em canto lírico e funéreo Os restos do que eu fui ecoando na distância.
E assim hei de vagar por toda eternidade, Mascote do fracasso e escravo da saudade Com o âmago sangrando a tiritar de frio
Convivendo em necrópoles com os que morreram Em vida e suas células apodreceram À sombra cruciante do cipreste esguio. Nizardo Wanderley
Enviado por Nizardo Wanderley em 21/10/2023
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