CAMPO SANTO
A dor que faz morada nesses cemitérios
Confunde-se com as flores, dando a impressão
Que na tristeza infinda da vaga amplidão
Camuflam a saudade em profundos mistérios.
Os sinos vertem lágrimas em sons funéreos
Mostrando-nos o quanto somos vulneráveis;
- U’a hora estamos em delírios infindáveis
- E n’outra a soluçarmos em planos sidéreos.
Choremos nossas perdas e aqui reflitamos
O quanto nos amaram e o quanto nós amamos
Esses que aqui descansam nas lápides pretas...
Um dia certamente nos encontraremos
E outros chorarão as dores que hoje temos,
Olhando-nos, jazendo nas mesmas gavetas...
Nizardo Wanderley
Enviado por Nizardo Wanderley em 02/11/2007
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