BUSQUEMOS...
Não quero que me toques. nem que me desejes
Fingindo se entregar ao bestial instinto...
Nem quero que produzas nesses falsos beijos
O gosto amargo e tétrico do absinto...
Se tudo se perdeu, se a chama virou gelo...
Se o abraço não faz parte do cotidiano...
Se aquele meigo afago encontra-se em degelo...
Se a paz rendeu-se ao mundo do furor insano...
Não vejo outra saida e eis a solução:
Liberte-me do cárcere, da solidão,
E busques n'outros beijos novo "querer bem"...
Eu vou seguir viagem rumo à esperança,
Buscano resgatar a alma da criança
Que se perdeu nas páginas do teu desdém...