RECAÍDA
O resto do que eu fui quando inda a vida tinha
Vivida ao lado teu, hoje de dor se corta...
E minh’alma ferida que arde e se definha
Senta-se em teu batente e bate à tua porta.
Porém nada te pede, tudo já foi dito
No último diálogo que enegrecera
Aquele dia longo, pálido e maldito
Onde sem assistência, o nosso amor morrera.
Não pegues nessa chave! Deixes que a amargura
Pernoite do outro lado, pois a criatura
Que tremendo de frio ainda teu nome chama...
Vai só tomar teu tempo e repetir mil vezes
Aquilo que escutaste durante onze meses;
-Amada, aqui está o homem que te ama!
Nizardo Wanderley
Enviado por Nizardo Wanderley em 23/07/2007
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