Nizardo Wanderley

Cavaleiro Solitário

Textos


O MONSTRO SEXUAL

O MONSTRO SEXUAL
Umas me chamam de ousado,
Outras gostam do meu jeito,
Quem é que não tem pecado?
Quem é que não tem defeito?
Eu levo a vida fodendo,
Rindo, fumando e bebendo
E estou muito satisfeito.

Nada mais me causa dor,
Pois já vi de tudo um pouco,
Vi doido virar doutor,
E vi doutor ficar louco,
Pra mulher feia eu sou cego,
Mulher que “gasta” eu renego,
Se ela mentir, fico moco.

A cerveja é meu fracasso!
Faz a coisa ficar preta...
Pois toda merda que eu faço
Ela me induz à faceta
De provocar várias brigas,
Ligando pras raparigas
Querendo comer buceta.

Já comi cega, aleijada,
Corcunda, velha e perneta,
Peguei uma há alguns anos
Para fugir da punheta,
Mas fiquei arrependido
Pois já tinha até caído
Os cabelos da buceta.

Meus textos falam por mim,
Tudo que escrevo é verdade,
E eu gosto de ser assim,
Pois vivo a realidade,
E sinto penas ocultas
Daqueles filhos das putas
Que vivem de falsidade.

Se gostar de mim, te amo!
Se me odiar “pra chuchu”
Teu nome mais nunca eu chamo,
Pra mim tu viras timbú,
Se réi, se lasque, se exploda,
Saia de perto, se foda
E pode tomar no cu.

Quem me conhece já sabe
Que quando eu amo é demais,
Faço com que não se acabe
O amor que eu mimo demais,
Mas se ela fizer besteira,
Vai morar na colmeeira
Da casa do satanás.

Sou zeloso, ciumento,
E não confio em ninguém,
Falsidade eu não agüento,
Pois não pode fazer bem
Uma boca que te beija
Jurando que te deseja,
Depois trepar com alguém.

Deus projetou a mulher,
Mas tem umas sem vê ele,
E eu acho que lúcifer
Também construiu as dele
Pra botar chifres e mortas
Pelos cornos, que nas portas
Do inferno se escoram nele.

O comércio de vagina
Hoje em dia é corriqueiro,
Pois quase toda menina
Vende o corpo por dinheiro,
Uma aqui da região
Pediu-me um “sacolão”,
Um celular e um isqueiro.

Na hora eu me emputeci,
Quase eu a deixo pra trás,
Mas depois me arrependi
Pois a tara era demais,
Mas só paguei o que eu quis
E ela se dê por feliz:
Ganhou um bujão de gás.

Hoje o mundo é dos perdidos,
O casamento faliu!
Amores mal resolvidos
Chifre que nunca se viu,
Mulher casa e já separa,
Pulando de vara em vara,
- Vai pra puta que o pariu!!!

Vou comprar uma boneca
Daquelas de sex shop
Quando eu me vir sem cueca
Meu pau ela desentope,
Nem bota gaia, nem briga
E nem vira rapariga
Aumentando o meu ibope.

Nasci pra morrer solteiro
Pois não tenho paciência
Pra ficar doido ligeiro
Com mulher em decadência,
Pintada feito perua
Vivendo solta na rua
E torrando o meu dinheiro.

Tem dias que estou sozinho
E outros acompanhado,
Bebo cana, bebo vinho
Comigo não tem enfado
Como duas por semana,
Por isso é que algum sacana
Rotulou-me de tarado.

Moro aqui entre as meninas
E adoro ser de Natal
Aqui tem praias divinas,
Tem forró, tem carnatal,
E eu vivo com o pau fodido,
Daí vem o apelido:
- O MONSTRO SEXUAL.

(Nizardo Wanderley)
Poesia registrada.
Xerinho.
Nizardo Wanderley
Enviado por Nizardo Wanderley em 08/07/2007
Alterado em 15/11/2007


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