TUA CULPA
Se fomos duas vidas num só corpo outrora
Onde eras para mim a musa inspiradora...
Sou hoje mais que um nada pela estrada afora
Vagando sem dar paz à alma sofredora.
E a amarga, tenebrosa e árdua penitência
Imposta a um pobre escravo dos desejos teus
Aprisiona o coração na consciência
Lacrada com o teu nome e a palavra adeus.
O tempo se encarrega de acabar com tudo
E com falsos amores, por vezes, me iludo
Esperando que a minha dor o amor esculpa
Eu não digo a ninguém o mal que me fizeste
Mas todo ostracismo que ao deixar-me deste
Matou-me pouco a pouco e é esta a tua culpa!
Nizardo Wanderley
Enviado por Nizardo Wanderley em 02/10/2014
Alterado em 02/10/2014 |