FÊNIX...
Um casamento falido E um velho amor esquecido Testemunham com ironia A palidez desse lar Que vivia a gargalhar - Morrendo nessa agonia... Só almoçávamos juntos E hoje somos dois defuntos Insepultos, sem valor... Vivendo de fingimentos Sem tesão, sem sentimentos Sem ereção, sem amor... Recordo as tardes fagueiras Onde as nossas brincadeiras Começavam no capim... Eu era doido, tu louca, Minha língua em tua boca, Teu corpo em cima de mim... Mas tudo passou, morreu! Nosso encanto se perdeu, Nosso cristal se quebrou... A dor bate à nossa porta E agora pouco me importa Quem de nós dois mais errou... Almoçamos falsidade, Lanchamos debilidade, Jantamos ingratidão... E deitamos com frieza No colchão dessa tristeza Pra fazer a digestão... Eu quero seguir meu rumo, Mas quando as malas arrumo Fico impedido de ir, E choro feito criança Alimentando a esperança Do nosso amor ressurgir. (Nizardo) Poesia registrada. Xerinho.[;)]
Nizardo Wanderley
Enviado por Nizardo Wanderley em 05/04/2007
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