Nizardo Wanderley

Cavaleiro Solitário

Textos

O NÁUFRAGO


A vasta extensão d’água lúgubre e salgada
Metamorfoseou a minha nau de linha
Num barco obsoleto que nem vela tinha
A navegar na dor, perdido, rumo ao nada...

Meu corpo fadigado pela intermação
Tombava no sepulcro da malvada trilha,
E o último suspiro fez-me ver uma ilha
A infindas milhas náuticas do coração...

Chorei, gritei, sorri, vibrei como criança!
E nadei rumo a minha única esperança,
A minha terra firme, o berço dos palmares...

Encontrei lá a paz que o mundo me tolheu,
E um amor sincero e puro que me promoveu
A comandante  incólume dos sete mares!

(Nizardo)
Poesia registrada.
Xerinho.
Nizardo Wanderley
Enviado por Nizardo Wanderley em 10/03/2007
Alterado em 27/04/2008


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