COLO DE MÃE
As mãos cansadas que hoje debulham o terço
Rezando pelos filhos que tivera um dia,
Fazia-os ressonar no caloroso berço
Em noites que ela mesma nem dormir podia.
O tempo se passou e os tais bebês partiram
Constituindo lares em longínquo solo
E aos prantos tantas vezes saudades sentiram
Da sua mão amiga e do sagrado colo.
E aqui estou agora, minha mãe querida!
Louvando-te por tudo que és em minha vida
E as vezes que te fiz chorar, mãe, me perdoe...
Devolvo-te chorando o que me deste rindo;
- Exigindo silêncio quando estás dormindo,
- Dizendo quando partes: "Mãe, Deus te abençoe!"
Nizardo Wanderley
Enviado por Nizardo Wanderley em 08/01/2013
Alterado em 09/05/2021 |