Nizardo Wanderley

Cavaleiro Solitário

Textos


AMOR DE VIDRO
 
Não devo alimentar amores virtuais
Pois não quero sentir o fel do dissabor
De me relacionar por um computador
Sem beijos, sem carícias, nem toques carnais.
 
Nego-me a ficar preso na poltrona fria
À espera de um abraço, um beijo ou algum gemido
Sabendo que também poderei ser traído
Por uma momentânea falta de energia.
 
O meu louco ciúme e o excesso de carência
Fariam do meu ser um estro de demência
Catalogando prantos de saudade e dor
 
Deitado numa cama, com o mouse ao meu lado
Jogando sensações em cima do teclado
E atingindo o clímax com o monitor.
Nizardo Wanderley
Enviado por Nizardo Wanderley em 18/10/2012
Alterado em 10/02/2015


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