CICLONE
Os pedestais de outrora que eram sustentáculos Renderam-se aos ímpetos de abalos sísmicos E foram devorados pelos cataclísmicos Corações de molambo ou pérfidos oráculos... E na destruição vandálica onde medra O fel qualitativo do “eu” subterrâneo Injeta-se o absinto ali, subcutâneo, Levando ao cadafalso o coração de pedra... Adeus às ilusões... Aos sonhos mal vividos! Aos amores voláteis, não correspondidos... Ao mundo - Esse covil de horripilantes feras! E pouse o seu espectro em órbitas lunares, Reencarnando noutros planos estrelares E se regozijando noutras fotosferas... Nizardo Wanderley
Enviado por Nizardo Wanderley em 16/01/2007
Alterado em 26/01/2008 |