A SEREIA
Numa longínqua ilha perto do pacífico, Sedada pela paz das regiões remotas, Repousa entre coqueiros, sonhos e gaivotas Um anjo sedutor de encanto magnífico... Seu corpo exuberante exala o odor telúrico Que umedecido em ânsia me arrebata o lírico E o espírito me deixa e parte rumo ao empírico Momento divinal que se opõe ao púdico. E nesse devaneio ou fuga telepática Minhalma se desnuda da mortalha apática Que fere, doi, maltrata e lhe tritura à veia E veste a toga sã, dulcíssima e eclética, Se entregando inteira à força magnética Que amarra sua língua à língua da sereia... Nizardo Wanderley
Enviado por Nizardo Wanderley em 10/01/2007
Alterado em 26/01/2008 |