TREM FANTASMA
Num trem imaginário voltei ao passado E visitei aquela antiga moradia Onde um amor eufórico habitou um dia E de ilusões infindas vivia cercado. Fui até a varanda, me deitei na rede E cheguei a ouvir teus passos sorrateiros Sentindo o gosto até dos beijos derradeiros Enquanto eu me embalava com o pé na parede. Derramei várias lágrimas de dor, saudade, Lembranças dos momentos de felicidade Que hão de sepultar-me na cova da ânsia E fui acalentado pelo maquinista Da composição férrea louca e masoquista Que me fez viajar na sepulcral distância. Nizardo Wanderley
Enviado por Nizardo Wanderley em 16/12/2011
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