A FALSA BEATA
Conheço uma mal amada Que só vive de rezar Não se ocupa em mais nada A não ser se dedicar À igreja e a orações Jejuns e contemplações Aos santos no pé do altar. Condena quem bebe cana, Fala mal do próprio irmão Odeia a vida profana E pede em sua oração Que Deus castigue com ira Quem vive em prol da mentira E imerso em fornicação. Só assiste à Canção Nova, Não relaxa a Rede vida, Sua fé é a maior prova Dessa beata querida (Por todos da sua igreja) Que xinga, bate e apedreja Qualquer alma pervertida. Mas, como não existe santa! E todos têm uma crosta, Maquiar não adianta Quando a verdade é imposta O ditado se estufa; - Quando vier muita “bufa” É sinal de pouca bosta! E eis que essa falsa “Madre” Foi vista na sacristia Pegando no pau do padre, Meu Deus do céu, quem diria Que aquela mulher prendada Estava sendo enrabada Quase todo santo dia? O boato se espalhou E o padre pediu segredo Até dinheiro ofertou Pra não cair no degredo De ter seu nome manchado Perseguido, maculado E apontado com o dedo. Quem viu a cena comeu Do pároco, mil reais E ao mesmo prometeu Que não falaria mais Sobre a mão de “Messalina” Por debaixo da batina Mexendo nos “castiçais”. Eu sei e o mundo também Que ser padre é complicado, Por detrás daquele “amém” Existe um ar de pecado Que enaltece a hipocrisia Pois padre, na maioria, Ou é viado ou tarado. Nunca vi padre de “cor” Cantar na televisão A igreja faz louvor Na base da apelação Lançando padres bonitos E isolando os esquisitos Nas paróquias do sertão. Está aí Fábio de Mello O padre das multidões Fazendo virar farelo Centenas de corações Que se apaixonam por ele Não vendo a batina dele; - Mirando só os culhões. Padre Marcelo voou Junto com Antônio Maria Mas a igreja inovou Com a sua mais nova cria Que “disfarçado” em louvores Fala de sonhos e amores Em sua vã melodia. Dentre os tais “padres cantores” Só por um nutro carinho Esse sim canta louvores Sem ter mídia em seu caminho, Mas por pouco faturar Pouco se houve falar No pobre Padre Zezinho. Mas voltando à pervertida De quem eu estava falando Ela mudou sua vida E nem está mais brigando Com quem vive no pecado, Ao contrário, está ao lado Dos que vivem copulando. Já comeu mais de cinqüenta Meninos da região Dizem que ninguém agüenta Sua vulva é um vulcão Que lateja sem parar E ao ver macho passar Ela entra em erupção. Tem até homem casado No time que ela comeu, Um mudo, um cego, um aleijado Um barão e um plebeu Uns quarenta da favela Quatro que vendem panela - E o casado sou eu. Ela adquiriu respeito No bairro, virou manjar! Usa perna, bunda, peito E sempre nos faz gozar, Não é mais aquela chata Ou seja, a falsa beata Que só sabia julgar. Tenha fé no coração! Vá à missa... É muito bom! Mas nunca perca a razão Nem relaxe o seu batom E guarde essa frase enfática: - Deus não aceita fanática Que nunca desce do tom. Sempre duvide de quem Anda com um terço na mão Jurando fazer o bem Pregando sempre o perdão Pois, por vezes, nessa luta Esconde uma grande puta Sem Deus e sem coração. Dê esmola a quem tem fome, Cobertor a quem tem frio, Mantenha limpo o teu nome E o coração sempre frio Sem ódio, mágoa ou rancor E espalhe o teu amor A cada peito vazio. Nizardo Wanderley
Enviado por Nizardo Wanderley em 24/02/2010
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