Nizardo Wanderley

Cavaleiro Solitário

Textos


O VULTO DE PETRÓPOLIS

                                                               
Im memoriam
 
M – oisés, partiste em busca do desconhecido
O – ráculo mistral da eterna divindade
I - mpondo-nos tristeza e pranto desmedido
S – ervindo-nos de lenço em camas de saudade
E – onde quer que estejas, meu tio querido
S – erás o meu guru por toda a eternidade.
 
S
– ereno e soberano em sua complacência
O – vulto de Petrópolis filosofava
A – cada vão  momento e com jurisprudência
R – egava com louvor a alma que explanava
E – nciclopédias íngremes de competência
S – ervindo de cartilha a quem o escutava.
 
D – iácono sublime do riso, da vida!
E – austero professor das ciências ocultas
A – menizava as dores e a ilusão perdida
R – emediando enfermos com as suas consultas.
A – lma jurisperita emoldurada em flores
U – nicamente imbuída em ofertar guarida
J – amais esqueceremos em nossos louvores
O – s atos celestiais que praticaste em vida.
 
S
– emblante onipresente que causava risos
O – nde quer que sua voz autêntica ecoasse
B – rindando e dedilhando em seus verbetes lisos
R – egências soberanas por onde passasse
I - nfante onipotente a conquistar vitórias
N – os páramos sidéreos de cada apogeu
H – averemos de tê-lo e nas nossas histórias
O – s nossos corações sempre amarão o teu.

Homenagem póstuma ao meu querido e inesquecível tio Moisés, um homem que soube aproveitar sua existência dentro dos conformes que lhe foram atribuidos. Devo-lhe muito, pois além dos seus sábios ensinamentos, também fui acolhido dentro da sua casa, quando na minha infância turbulenta,  por vezes, me faltou também um porto seguro.
Deus o tenha num lugar tão especial quanto o que o guardarei... No coração!
Nizardo Wanderley
Enviado por Nizardo Wanderley em 09/07/2009
Alterado em 09/07/2009


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