ALMA VADIA
Um dia eu te verei passar pelo que eu passo; - Tristonho cabisbaixo com a alma em prantos Sem solidários ombros, órfão de acalantos Caído na terrível dor do descompasso. E então quando buscares lenitivo porto Nos braços de outro alguém que te dê o que deste A mim, torço que surja, então, um cafajeste Que te encha de desprezo, dor e desconforto. E espero que o divino ouça este idiota, Pois sendo o arquiteto do mundo um agiota Na certa há de cobrar-te pelo que causaste... Aos que como eu caíram nas tuas ciladas E viram suas vidas chorando, ceifadas Nas pérfidas arenas que sorrindo armaste. Nizardo Wanderley
Enviado por Nizardo Wanderley em 16/06/2009
|