AUSÊNCIA
Eu morro todo dia sem você saber Que eu sei que a sua alma também sente falta Daquele antigo amor que queima e nos maltrata Em toda opaca noite e em cada amanhecer. Escrevi várias cartas, mas rasguei depois E me disseram que você tinha me escrito, Porém, também rasgou, depois de lhes haver dito Que um destino covarde destruiu nós dois. Não quero aqui dizer que inda morro de amores, Mas devo confessar que navego nas dores Que vivem no meu peito desde aquele adeus... Que foi dado por nós precipitadamente Fazendo do seu ser um astro descontente E me matando aos poucos sem os beijos seus. Nizardo Wanderley
Enviado por Nizardo Wanderley em 08/06/2009
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