FOLHAS SECAS
Carregues junto a ti as pálidas lembranças Do que fomos nós dois num pálido passado Onde nós caminhávamos no vasto prado Como se fôssemos dulcíssimas crianças. Eu guardarei comigo os sonhos construídos Nos alicerces frios da intrépida dor Que rasga as minhas carnes nesse dissabor Lançando-me aos sepulcros dos desiludidos. Desejo-te que encontres tudo o que busquemos; - O lenitivo porto que nunca tivemos E o ombro afetuoso que possa enxugar... Lágrimas incessantes que acompanharão Esses dois corpos frios pela imensidão; - Iguais a folhas secas com o vento a levar. Nizardo Wanderley
Enviado por Nizardo Wanderley em 13/01/2009
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