THE END
No dia em que eu deixei de ouvir a tua voz
E tu te viste livre das minhas palavras
A amargura infinda nos fluiu das lavras
E o desatino súbito é o nosso algoz.
As noites mal dormidas testemunham quietas
O nosso pranto que jorra nos travesseiros
Que se tornaram nossos grandes companheiros
Acalentando às nossas almas irrequietas.
Mas guardarei comigo os sentimentos teus;
- Carinhos, beijos, cheiros e até teu adeus
Acompanharão meus dias vis e dispersos...
E hei de a cada noite roer um pedaço
Dessa saudade que me corta feito um aço
E me fará morrer à míngua entre os meus versos.