Nizardo Wanderley

Cavaleiro Solitário

Textos


FRAGMENTOS

 

Assim ficamos nós quando morrera o fado

Que em nossa opaca vida tanto luz trouxera;

- Eu sendo um vasto prado sem ter primavera

E tu - u’a flor sem vida em bosque abandonado.

 

Seguimos por caminhos mórbidos sem cor

Buscando maquiar a dor que nos devora

E enquanto estanco o pranto do peito que chora

Sustento-me nas gotas de saudade e dor.

 

Antigo amor, pavor é quem me rasga os dias

E em ébrias madrugadas, nas camas vadias

A todas que me beijam eu juro que as amo...

 

Mas cuido de fechar os olhos ao falar

Já que meu coração faz questão de lembrar

Que abraço o alfabeto, mas teu nome eu chamo.

Nizardo Wanderley
Enviado por Nizardo Wanderley em 25/08/2008


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