A FUGA...
Travam-se muitas vezes batalhas inúteis No vasto interior sinistro e claustrofóbico, Submergindo o “eu” carente e hidrofóbico Nos mar mediterrâneo dos amores fúteis... E o descontentamento é público e notório Na reciprocidade do amor que não sentem... Amam-se com as bocas, mas os olhos mentem Na escuridão do orgasmo insosso e transitório... Não há como fugir da fortaleza erguida Em volta do que um dia se chamou de vida, Quando essa era vivida em pompa e onipotência... E cumpra-se a sentença em pavilhões de dores; Veladas com as lembranças de antigos amores, Na pedra tumular que lacra a consciência... (Nizardo) Poesia registrada Xerinho.
Nizardo Wanderley
Enviado por Nizardo Wanderley em 25/01/2007
|