CALOS DA ALMA
Gritante e animalesca dor que me devora No âmbito sombrio da desesperança E eu gemo, grito e choro feito uma criança Perdida e desolada pela estrada afora. E nada resplandece em meu plantio de outono Somente árvores negras de repugnância Trazidas junto a mim desde o jardim da infância No vácuo horripilante de um triste abandono. E nesse mausoléu onde meu ser padece A minha alma infeliz baixa a cabeça e desce Levada por punhais letais subcutâneos Às negras profundezas do desconhecido Conduzindo consigo o coração ferido Pra sepultá-lo nos jardins subterrâneos. Nizardo Wanderley
Enviado por Nizardo Wanderley em 12/06/2009
Alterado em 14/02/2015 |